PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O sexo é subversivo?

Outro dia acompanhando uma minisérie global, ouvi a seguinte afirmativa: O sexo é subversivo.

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Eu não acho que é o sexo seja subversivo o que é subversivo é o amor. È certo que o sexo desperta um sentimento de posse, mas o amor já é capaz de despertar isso, mesmo sem o sexo.
Quem ama não quer dividir, ainda que seja só um amigo. A propósito, relações de amizade que partem para a esfera sentimental são sempre mais delicadas. Pois às vezes o outro está oferecendo amor e consideração que se tem por amigos, enquanto o que está apaixonado leva tudo para outro campo, alimentando um sentimento que precisa disso para crescer e evoluir. É normal que nesse processo a pessoa que está alheia a esse turbilhão de sentimentos, nem perceba a confusão que está fazendo com a mente e o coração do outro. No fundo, o que está flexado até pode perceber que está deturpando o sentido de atitudes que não passam de amizade. O problema é que o amor é pouco racional, ele adora se auto iludir. Esta é uma caracteristica sintomática do amor, da qual ninguém escapa ileso.
O amor subverte, porque ele perde o sentido racional, porque ele burla os sentidos, porque ele tem o campo de visão limitada, ou seja, o sexo não é CEGO, mas o amor é. (Pulcra)
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... gostei dessa reflexão: "O amor subverte, porque ele perde o sentido racional, porque ele burla os sentidos, porque ele tem o campo de visão limitada, ou seja, o sexo não é CEGO, mas o amor é", fico feliz de ver partir de um mulher essa dissociação de sexo e amor, porém é válido considerar o que costumo ouvir com muita frequência. O velho discurso tradicional e talvez por isso falso que, - sexo só com amor - discurso ainda geralmente proferido pelo sexo feminino. Se pensarmos nessa ambiguidade, chegaremos a conclusão que ambos são subversivos e essa teoria faz todo sentido. O dicionário diz que subverter é revolucionar; pôr em estado de desordem; fazer soçobrar, submergir; perder-se;... Quantas vezes o sexo afetivo, com amor não desperta insegurança e medo? O Sexo nessa dimensão, ou seja, atrelado ao sentimento de amor ou paixão vinculam-se totalmente aos sentimentos de posse e de controle... mas, se o considerarmos apenas como a expressão da necessidade física, bem estar e prazer, descompromissado, creio que nesse sentido não subverte, porque não divaga na dimensão de outros sentimentos... enfim, na dicotomia sexo e amor, conspira-se um conjuntos de sentimentos que somente o vivenciar vai permitir o entendimento e as melhores respostas para nossas constantes indagações!!! (Hodie)

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