PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fusão

Vivo mais uma vez a mágica fantasia do encontro, a possibilidade do amor, aquela paixão sem freio, desmedida. A natureza tem seus mistérios e revela no corpo de dois, sonhos possíveis. Tornamo-nos um só! Meu corpo em teu corpo, minha forma em tua forma, calor intenso em terra fria. Olhares susurrando palavras, revelando desejos em consonância com atitudes. Convicções seladas.


Ansiedades de outrora, repousadas em abraços. Fotografias, passeios, noite, bebidas e cigarros, beijos impetuosos, sexo fogoso, silêncio compartilhado, configuraram nosso enredo romântico.


A ventania do final da tarde daquele sábado parecia anunciar a tempestade que seria minha saudade. A lágrima não contida na despedida, simboliza dentre tantas outras coisas, minha alma inquieta e minha vontade de ficar.


Navegando na memória, transporto-me levemente para ti, num incrível fascínio sensorial. Hoje, a espera do próximo encontro, minha ansiedade se renova e até lá, fomento com honra, minha teimosa esperança, que nunca cessa. (Hodie)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Inusitado eu sei...

Inusitado eu sei - Promíscuo, diria talvez. Na verdade não há escolhas. Os corpos, às vezes, ditam suas próprias regras e sobrepõem à razão. Sou emotivo demais quando me deparo com gestos, palavras, canção, atitudes, presentes - Presença. Meus olhos enigmáticos sempre roubam à proposta do diálogo. Eles simplesmente provocam e evidenciam as inconstâncias humanas. Isso tudo atrelado ao meu sorriso bonito e/ou sacana como preferem definir alguns, configuram minhas incertezas, meus sonhos, meus anseios e medos. O suor provocado pelo calor intenso, porém, marcado pelo prazer da última noite revela por vezes o cansaço diante da soberania do destino. A vida sem regras, sem escalas, sem perspectivas, aparentemente agradável, não me inspiram ao desejo da conquista. A sinceridade, meu carma maior, aliado por vezes ao silêncio quando tanto discurso, parece-me revelar mesmo diante de algo aparentemente preconceituoso e impróprio, a certeza de que viver apesar das adversidades e dos sacrifícios, é um bem maior, ratificado quando de momentos felizes expressados em abraços apertados e espontâneos, beijos roubados quando por necessidade são reprimidos e principalmente nos encontros propositais e constantes desafiando as leis e promessas, em profundo respeito à vontade sensível e assertiva de cada um, do encaixe humano perfeito e faminto.(Hodie)