PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Fabulando...

(Não posso dizer que é meu, tudo que aparentemente tenho em minhas mãos)

Um caçador de pássaros raros saiu para caçar. Levou consigo uma gaita e nenhuma gaiola. Ele não desejava pegar vários pássaros ele desejava um somente. Um pássaro que encantava seus olhos. Certo dia, ele esperou o momento oportuno para se aproximar do pássaro. Tocou sua gaita - O pássaro olhou, posou, se demorou um pouco, mas ao primeiro sinal de movimento do caçador, ele voou. Outro dia o caçador tornou a esperá-lo, levou sua gaita e tocou novamente para o pássaro, que ouvia atento e ao mesmo tempo desconfiado. E assim seguiram os dias. O caçador paciente todos as manhãs estava lá a tocar a sua gaita e o pássaro ouvia e logo em seguida voava. Até que se transcorreram alguns meses, o caçador sabia que corria o risco de o pássaro voar para sempre e nunca mais voltar, mas algo dentro dele dizia que ele não tinha outra escolha, por isso ele aceitava o risco. Então um dia, o homem se aproximou do caçador e falou - Desde o primeiro dia de temporada de caças que eu vejo você, com essa sua gaita, chegando e saindo sem nenhum pássaro. Eu já peguei uns trinta e você nenhum. Afinal, que tipo de caçador é você? O caçador olhou para o homem, deu um sorriso maroto e respondeu: Algum desses trinta já pousou no seu ombro alguma vez? Responda essa pergunta para si mesmo e saberás que tipo de caçador sou eu. (Consuus)

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