PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Nostalgia


Onde quer que eu vá, levo comigo uma certa nostalgia daquilo que não se pode compreender. Algo tão insólito que me faz pensar e repensar milhões de vezes sobre questões que não são minhas, exatamente.Me inquieto no mal alheio e nele estabeleço meu caos! Sem prudência, defendo e mergulho n’algo que, se antes era irrelevante, agora se faz essencial.Já quis ser poeta, almejei glórias, fortunas, mas descobri a tempo que a única e primeira glória do homem é o amor e a humanidade à flor da pele!Considero que o livre arbítrio deva se exercitar à intuição, senão seremos tão dispersos como folhas ao vento.


Ana Beatriz Figueiredo Mota
(Elo conectivo)

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Esse texto vem ratificar a idéia de que é totalmente humano ser um nostálgico, sentir saudades, vivenciar saudades... estabelecer caos, buscar entendimento, carregar a necessidade e a sensação de que há sempre algo novo a ser desvendado e vivenciando, traduz muito bem nossos desejos de mudança. Querer ser poeta ou ser um poeta, reconhecido ou não, é uma das ferramentas para traduzir em versos e poesias nossos desejos, desejos nostálgicos e aqui cabe os desejos chagados, dimensões que habitam exatamente nessa essência humana, por muitas vezes frágil, vulnerável, mas que carrega uma admirável teimosia de crer na vida, no amor, nas pessoas... sejamos inquietos, instigantes... embora não seja um credor da numerologia, outro dia me surpreendi com um mapa astral que dizia algo marcante em minha natureza: ...onde as pessoas vêem apenas "situações", você vê infinitas possibilidades... Talvez aqui, eu tenha exercitado muito bem o livre arbítrio. É preferível pensar em possibilidades a meras situações, vista que essas cessam. Carregar o sentido de infinito é acima de tudo carregar a capacidade de recriar, recriar-se. Reconstruir, refazer, reestabelecer são sinônimos daqueles que não se permitem parar diante de uma primeira limitação, como sugere o poeta Virgílio Ferreira: "... o ilimitado é o limite de todos os limites..." assim, a cada dia me convenço de que passar pela experiência terrena como mero espectador é agonizante, deprimente, desprezível... porque não aceitar por vezes nossa intuição, agir movidos por essa sensação respaldada por um força superior que foge ao nosso mero entendimento, mas que sentimos com clareza a conspiração do universo? Sugiro também respeitar nossos desejos, aceitá-los, vivenciá-los por mais que esses possam parecer abomináveis aos olhos de alguns, que certamente se encaixam na nomenclatura da hipocrisia... assim, procuro sempre deixar minha marca em todos os aspectos, sejam eles profissionais ou afetivos. Vivo cada dia fomentando a minha história... e você? (HODIE)

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Eu fecho a minha boca e guardo o meu grito, entrego ao silêncio essa nuvem nostálgica, não quero dizer que ela me visita, não quero sentir que ela me abala. A voz que cala é a garganta que seca por rejeitar a dor que ninguém ver. É a saudade de algo que nem a mim se faz saber. Isso é nostalgia. Sensação de quem espera pelo trem que passou, pelo barco que naufragou, por tudo que ficou, que já deveria estar há muito esquecido e que, no entanto, se eternizou...... (PULCRA)

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