Ontem acompanhei o filme Era uma Vez, produção brasileira do diretor Breno Silveira que conta a história de Nina e Dé, jovens totalmente distintos em suas realidades de vidas ambientadas no Morro do Canta Galo e a Praia de Ipanema no Rio, as diferenças sociais são marcadas pela diversidade linguistica, pela vida na favela e no bairro nobre, pelas festas na extensão da sala ou nas escadarias do morro. Curiosidades, amor, descobertas, carências invadem o enredo que mostra uma cidade violentada pela desigualdade social, pela marginalidade, falta de expectativa e domínio de poder. Gostaria de sair do foco fictício do romance, uma adptação moderna de Romeu e Julieta, para falar exatamente sobre aquilo que mais me prendeu: o universo da favela que aparentemente tão distante está tão próximo de nós... próximo quando nos deparamos com uma linguagem pejorativa, carregada de gírias na produção do discurso. Próxima por que diariamente encontramos nas ruas, praças e becos uma população cada dia menos culta, desprovidas de uma educação de qualidade e de alguns valores que aprendemos um dia e se perderam nessa imensidão de homens rudes, analfabetos e excluídos. E assim fica evidente que vivenciamos no atual contexto social a palavra de ordem que se chama indiferença, ou seja, não estou nem aí para a quantidade crescente de problemas sociais que invadem a minha casa, o meu trabalho e a minha família. Talvez se parássemos com os discursos hipócritas, deixássemos um pouquinho de lado o nosso egoísmo, poderíamos construir uma sociedade mais humana e digna. Talvez o Rio pudesse sim, dizer em alto e bom tom: cidade maravilhosa! Certamente o Brasil tão conhecido lá fora por suas belezas naturais e pelo seu povo "acolhedor", e isso parece contraditorio, exercesse melhor sua cidadania e assim sendo, viveríamos finalmente a sonhada paz... (Hodie)
PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.
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