PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Quando o trem passar...

"...podemos ter medo e simplesmente dizer não. Mas podemos nos deixar encantar: seremos, para sempre, responsáveis por essa decisão." Lya Luft (Elo conectivo).

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Somos meramente responsáveis por nossas ações e co-participes dos sentimentos nascidos cá dentro. Nada chega assim de supetão, nós é que vamos nos permitindo, nos envolvendo. Mesmo sabendo dos riscos, seguimos em frente, razão porquê depois não podemos culpar outrem por nossas atitudes descompassadas, afinal, quem diz o compasso somos nós, o trem não sai do trilho sozinho, alguém tem que mudar o sentido dos trilhos e nós, inconscientes, não sei, é que mudamos os rumos e os sentidos dos caminhos que levam a porta de entrada e de saída do nosso coração. (Pulcra)


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Dizer NÃO pode ser uma tarefa difícil se considerarmos o encantamento inevitável do começo, da conquista, da fantasia... por isso, por mais que possa parecer insensato, por mais que estejamos fadados ao risco da decepção, permitir é acima de tudo acreditar... nesse caso, ficar na estação é a certeza de não embarcar na descoberta, na possibilidade, enquanto embarcar nesse trem, é se engajar nas novas paisagens que serão coloridas a partir dos nossos desejos e sonhos... e assim vamos nos deparando com as encruzilhadas e tecendo nossos próprios trilhos. Responsabilizar-se por estas medidas serão os reflexos dessa decisão, que assim como podem ser de fracasso ou mágoa também podem ser de prazer, muito prazer... sabe aquela viagem recheada de expectativas, construída com o tempo e que falta simplesmente o desprendimento do passageiro? Pois é, decidir mesmo tomado pelo medo do embarque, torna-se simplesmente mais uma tentativa incansável do encontro. E nessas viagens caro tripulante, os riscos existem, mas a descoberta, a partilha e o gosto ofertados pelo percurso são demasiadamente valiosos. (Hodie)


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Ficar na estação e deixar o bonde passar, também não é uma boa. Subir no trem e pular no meio do caminho, pior ainda. Eu comungo com a idéia de que embarcar, sujeitando-se aos riscos da viagem e o encantamento das descobertas ainda seja a melhor escolha. É muito boa à sensação de preparar as malas, de visualizar-se no momento da chegada, a expectativa de vislumbrar o que antes só estava em nossos sonhos. O frio na barriga, a ansiedade, a empolgação de um começo, ou talvez um recomeço. E por que não? Se a paisagem ficar desbotada no final da viagem, qual o problema? No ensaio fotográfico, guardaremos somente no álbum das lembranças as primeiras fotos, aquelas que ficaram bem coloridas.... (Pulcra)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Preso

Preso a uma lembrança, a uma saudade...
Ao lado do mar, a beira-mar, na areia da praia, na cozinha do apartamento, na sala de estar, no banheiro, no quarto de casal, no quarto! No chão, na cama, no hotel, na piscina, no deserto de domingo à tarde, no centro da cidade, no balanço da rede, na faculdade, no luar.

Preso a um desejo, a um beijo...
Ousado, reprimido, vivido... Constante, avassalador, tentador... Roubado, amante, marcante... Presente, ausente, real...

Preso a um sonho, a uma imaginação...
Para um retorno, um recomeço, uma nova história, cantar a vitória! Resgatar, reacender, compreender, não mais sofrer, querer, ter e fazer... Amar, fantasiar, vivenciar, alimentar, ao deitar e no levantar, “infinitar” (tornar infinito). HODIE

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Metalinguagem

Estou tentando ter algum daqueles “insides” que, segundo o professor, surge sempre que nos colocamos a disposição de criar um texto.
Percebo que trata-se de uma tarefa complicada, minha vontade é de escrever um montão de bobagens, todavia a minha consciência não permite que eu cometa tal postura. Então penso que devo fazer como aprendi: laborar bem meu texto. Procurar fazer vir a luz, tudo aquilo que encontra-se no meu eixo paradigmático de idéias. E dessa maneira produzir algo lúdico, coerente e repleto de sintágmas construtivos. Um texto que extrapole o conhecimento e que seja gostoso de se ler.
Porém confesso, não é nada fácil! Acredito até que não estou inspirada, mas não custa nada tentar...já percebi que não vou conseguir exprimir nada do que imaginei, agora posso entender o que sentiu Bilac quando escreveu o poema Inania verba...“E a palavra pesada abafa a idéia leve”.
Entretanto, já que os lexemas não querem bailar, vou tentar ser fria e racional. Primeiro tenho que escolher um tema.
Semana passada, quando passei pela biblioteca, folheei rapidamente um jornal que trazia logo na manchete: SUPERLOTAÇÃO NA UTI DO IJF. Triagem de pacientes por expectativa de vida e por estado de gravidade. Imediatamente lembrei dos debates de Deontologia Jurídica sobre Pena de Morte e Eutanásia. E diante da Manchete pensei. Ah Meu Deus! Hoje no IJF vão praticar a Eutanásia!
A Eutanásia não é legalizada no Brasil, inclusive é crime. Segundo as Leis Brasileiras, nenhum paciente, por mais delicado que seja seu estado, poderá optar pela morte, porque é crime contra a vida. Incorre no Art. 121 do Código Penal (Homicídio – pena de 06 a 20 anos de reclusão). Embora nos hospitais públicos, os médicos escolhem, diariamente, quem vai morrer e quem vai viver.
Existem dois tipos de Eutanásia: o Homicídio Piedoso, que ocorre sem o consentimento do paciente, que encontra-se em estado vegetativo, porém com o consentimento da família. Lembrando que esse paciente é avaliado por uma junta médica, que atesta se realmente há incapacidade de cura. E o outro tipo é o Suicídio Assistido, este é autorizado pelo paciente e pela família. Ocorre quando os médicos testificam que o paciente tem uma doença incurável e que o tratamento já não responde como deveria.
Esses procedimentos já foram legalizados em alguns países como Bélgica e Holanda. No Brasil existe um Projeto de Lei tramitando na Câmara, que favorece a eutanásia, mas enquanto isso não acontece, morre gente diariamente nos hospitais por falta de atendimento apropriado. A diferença é que tudo ocorre clandestinamente e o que é pior; sem junta médica, sem consentimento do paciente e tão pouco da família.
A primeira vez que ouvi alguém defender a Eutanásia, achei um absurdo! A maioria dos assuntos da bioética são realmente polêmicos. Conclui como uma violação ao direito à vida. Mas depois percebi que em proporções bem maiores esse direito há muito, não é respeitado por aqui. Será que ninguém percebe a hipocrisia que há por trás da bela Legislação? No papel, tudo é etéreo, entretanto na prática o que podemos constatar são bebês morrendo prematuramente, por falta de UTI´s Neo-Natal; mendigos sendo assassinados porque enfeiam as cidades; idosos morrendo por falta de condições financeiras para comprar medicamentos; jovens caminhando precocemente para a morte, fadados ao mundo das drogas, da prostituição e do crime. Será que não estamos sendo um tanto contraditórios ao declarar em nossa Legislação que preconizamos o DIREITO À VIDA?
Como podemos nos posicionar contra a Eutanásia e ao mesmo tempo permitir incólumes toda essa violação decorrente dos problemas sociais? Seria, numa comparação esdrúxula, o mesmo que dizer: não como carne suína, todavia não dispenso um suculento bacon. Puro eufemismo!
Talvez tenha sido por essa razão que não consegui escrever nada assim tão belo, só consternar a minha revolta. È muito difícil ser bucólica, romântica ou parnasiana diante de tantas adversidades. Como perseguir a Rima e a Forma se nesse País quase tudo foge a Métrica? (Consuus)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Travessia

Outro dia deparei-me com o pensamento do sábio personagem, jagunço Riobaldo (Grande Sertão Veredas) que dizia: “O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia” e dessa forma comecei a construir algumas idéias inacabadas. Os sonhos, as projeções futuras serão sempre canalizadoras de nossas ações. Viver é um processo natural, porém, o destino se encarrega de apresentar desafios e direcionar alguns caminhos, segui-los ou não são opções livre, assim como devem ser nossas atitudes... pensando na arbitrariedade, e no quanto é bom e amadurecedor viver assim, tenho a ligeira impressão que a saída e a chegada realmente desempenham papéis simplórios, banais. Existem apenas porque é necessário, porque simplesmente precisamos de justificativas. Usando novamente minha arrogância, diria que muitos optam por trilhar suas vidas pelos atalhos, por alternativas que até os levam a um ponto de chegada sim, sem maiores ferimentos, mas incapazes de descobrirem sabores... preferem não amar a correr os riscos tempestivos e intensos da paixão; preferem o refúgio da casa a ousarem desvendar a rua; uma vida morna e tranqüila a invasão que o destino propõe; o conforto da dor a busca de alternativas; o sofrimento medíocre por medo de lutar... permitam-me usar o velho jargão já gasto “quem brinca com fogo pode se queimar”, mas atravessar é a única oportunidade de se descobrir, de crescer, de amadurecer. A travessia é sem dúvidas o enredo mestre que conduz a vida, é nela que o universo de descoberta acontece, o real assume seu posto e rouba-nos o imaginário, a fantasia, daí tamanha importância estarmos inseridos nessa perspectiva para conhecermos a fortaleza que tem nossa fúria, a exigente postura sensata e equilibrada enraizada pelas experiências vividas, pelo prazer modelado e lapidado ao nosso gosto, compreender o medo, conhecer a insegurança, descobrir que a dor é suportável, que é possível conviver com a perda, que ganhamos muito mais do que perdemos, que a felicidade existe, que o sofrimento é inevitável, a tristeza é passageira, a alegria contagiante e principalmente, que tudo reflete no hoje quem sou. Infiltrados, instigados, desafiados e reconstruídos na travessia, sofremos uma formatação balizada pelas dúvidas, instabilidades e pelo desconhecido que deságua numa fecundação, gera e dá a luz ao novo. Encare a travessia, desafie – isso me parece uma proposta sensata – como tão bem retrata o poeta Pessoa: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. (Hodie)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Fabulando...

(Não posso dizer que é meu, tudo que aparentemente tenho em minhas mãos)

Um caçador de pássaros raros saiu para caçar. Levou consigo uma gaita e nenhuma gaiola. Ele não desejava pegar vários pássaros ele desejava um somente. Um pássaro que encantava seus olhos. Certo dia, ele esperou o momento oportuno para se aproximar do pássaro. Tocou sua gaita - O pássaro olhou, posou, se demorou um pouco, mas ao primeiro sinal de movimento do caçador, ele voou. Outro dia o caçador tornou a esperá-lo, levou sua gaita e tocou novamente para o pássaro, que ouvia atento e ao mesmo tempo desconfiado. E assim seguiram os dias. O caçador paciente todos as manhãs estava lá a tocar a sua gaita e o pássaro ouvia e logo em seguida voava. Até que se transcorreram alguns meses, o caçador sabia que corria o risco de o pássaro voar para sempre e nunca mais voltar, mas algo dentro dele dizia que ele não tinha outra escolha, por isso ele aceitava o risco. Então um dia, o homem se aproximou do caçador e falou - Desde o primeiro dia de temporada de caças que eu vejo você, com essa sua gaita, chegando e saindo sem nenhum pássaro. Eu já peguei uns trinta e você nenhum. Afinal, que tipo de caçador é você? O caçador olhou para o homem, deu um sorriso maroto e respondeu: Algum desses trinta já pousou no seu ombro alguma vez? Responda essa pergunta para si mesmo e saberás que tipo de caçador sou eu. (Consuus)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Paradoxo

Existem pessoas que se escondem atrás dos sorrisos hipócritas, das gentilezas dissimuladas com o intuito de mascarar suas próprias vidas talvez por medo, insegurança, enfim... porém prefiro conceituá-las como ignorantes e covardes perante uma dádiva gratuita e que requer maturidade e sinceridade para construí-la. Detesto aqueles que usam artifícios para se darem bem, visto que esses somente constroem valores irreais para alimentar o ego, embora conscientes do fracasso, das frustrações inevitáveis... esses merecem desprezo porque não são confiáveis, não se revelam, não se mostram... é certo que alcançam admiração de muitos, e isso pode parecer paradoxal, embora na minha leitura existe apenas um jogo de afinidades hipócritas e por isso abomináveis... prefiro lidar com a verdade, com a revelação de sentimentos quer sejam eles dóceis ou vulcânicos, louváveis ou desprezíveis porque há nestes um respeito a complexidade que é ser gente (humano) com suas fraquezas e fortalezas, humildade e orgulho, emoções e razões, mentiras e verdades, amor e ódio, aprovação e reprovação, atenção e indiferença. Ser transparente requer coragem, e aqueles que dispõem dessa qualidade são dignos e, portanto, merecem respeito... acredito no paradoxo, considerando que às vezes somos distantes, e outras vezes queremos estar perto; que há momentos de fé e outros incrédulos; que queremos frio, por vezes calor; que sentimos ser luz e alguns momentos nos vemos trevas; queremos barulho e por alguns instantes silêncio, somos adultos e em alguns momentos nos comportamos como crianças... o segredo é o não mistério, é a aceitar a imparcialidade, que somos humanos e por isso vulneráveis... creio que viver é deixar-se conduzir pelos sentimentos, fugir por vezes do analítico e fazer do dia a dia o melhor possível, provocar reflexões, nem que elas sejam aleatórias e sempre, sempre produzir respostas...(Hodie)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Poema escrito por um dicionário...

Entre nós, mil palavras soltas com sentidos diferentes
Entre nós, a semântica, a semiótica e à aplicação cognitiva de novos métodos
Entre nós, a lingüística regional
Entre nós, um novo paradigma de comunicação
Entre nós, a análise do discurso
Entre nós... a alegria e o prazer de novas descobertas. (Consuus)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Sagrado e Profano...

O conceito de sagrado tramita no meu pensamento de forma relativizada. Construção de valores e princípios que vamos adquirindo no decorrer de nossas vidas exercem um forte papel de definição sobre o que julgamos ser sagrado ou profano. Meros rituais tradicionais se fortaleceram no seio popular e receberam a conotação de rituais sagrados, porém o discurso que sustenta essas afirmativas se divergem nas relações humanas marcadas por conflitos, novas descobertas, expansão de novos métodos, causas e efeitos - o universo de relativização na perspectiva dual sagrado e profano revela-se no entendimento individualizado de cada ser durante a manifestação de suas opiniões diante de uma pesquisa cientifica com células tronco, por exemplo, na conduta pessoal por vezes condicionadas por uma imposição social, pela repreensão de desejos devido ao medo de pecar, situação simplesmente posta por homens que buscam artifícios para coibir, proibir e explorar por vezes a ingenuidade humana. Os espaços constituídos por homens, denominados como "igrejas" "templos de fé" que se dissemina cada vez mais no mundo e vão se massificando com um objetivo visível de manipulação e jogos de interesses ancorados pela ideologia do "sagrado". Na minha opinião crítica, posturas como essas se encaixam melhor no sub campo “profano”. Os escândalos cometidos por líderes "religiosos" no cotidiano mundial, por exemplo, são abomináveis na perspectiva conceitual da ética e da moral, e isso propõe uma profunda inversão na construção de valores que divaga no meu pensamento. Acredito que a fé transcende as manifestações humanas, habita no mundo da sensibilidade e o pecado acontece quando ferimos essa cadeia de valor. O campo de julgamento conduzido pela figura humana para com quem se permite viver alinhado com o prazer, a satisfação torna-se extremamente hipócrita porque é marcado por um discurso incoerente com a práxis... prefiro a permissão do desejo, desde que esse não venha ferir a minha e nem dignidade do próximo... prefiro respeitar as diferenças, as opiniões a julgá-las... prefiro respeitar a mim mesmo a deixar-me conduzir por uma imposição que se diz "religiosa"... prefiro acreditar que o sagrado é a relação que se estabelece entre os seres, pautadas pelo respeito a deixar-me conduzir pela "elaboração de valores impostos" pela sociedade... prefiro rotular o sagrado, naquilo que se estabelece pela magia da natureza e pela alma humana... assim sendo, prefiro entender o profano na indiferença, no egoísmo escancarado, na frieza dos sorrisos, na hipocrisia, na corrupção desmascarada para construir a minha ideologia de fé, de santo, de sagrado. (Hodie)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O sexo é subversivo?

Outro dia acompanhando uma minisérie global, ouvi a seguinte afirmativa: O sexo é subversivo.

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Eu não acho que é o sexo seja subversivo o que é subversivo é o amor. È certo que o sexo desperta um sentimento de posse, mas o amor já é capaz de despertar isso, mesmo sem o sexo.
Quem ama não quer dividir, ainda que seja só um amigo. A propósito, relações de amizade que partem para a esfera sentimental são sempre mais delicadas. Pois às vezes o outro está oferecendo amor e consideração que se tem por amigos, enquanto o que está apaixonado leva tudo para outro campo, alimentando um sentimento que precisa disso para crescer e evoluir. É normal que nesse processo a pessoa que está alheia a esse turbilhão de sentimentos, nem perceba a confusão que está fazendo com a mente e o coração do outro. No fundo, o que está flexado até pode perceber que está deturpando o sentido de atitudes que não passam de amizade. O problema é que o amor é pouco racional, ele adora se auto iludir. Esta é uma caracteristica sintomática do amor, da qual ninguém escapa ileso.
O amor subverte, porque ele perde o sentido racional, porque ele burla os sentidos, porque ele tem o campo de visão limitada, ou seja, o sexo não é CEGO, mas o amor é. (Pulcra)
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... gostei dessa reflexão: "O amor subverte, porque ele perde o sentido racional, porque ele burla os sentidos, porque ele tem o campo de visão limitada, ou seja, o sexo não é CEGO, mas o amor é", fico feliz de ver partir de um mulher essa dissociação de sexo e amor, porém é válido considerar o que costumo ouvir com muita frequência. O velho discurso tradicional e talvez por isso falso que, - sexo só com amor - discurso ainda geralmente proferido pelo sexo feminino. Se pensarmos nessa ambiguidade, chegaremos a conclusão que ambos são subversivos e essa teoria faz todo sentido. O dicionário diz que subverter é revolucionar; pôr em estado de desordem; fazer soçobrar, submergir; perder-se;... Quantas vezes o sexo afetivo, com amor não desperta insegurança e medo? O Sexo nessa dimensão, ou seja, atrelado ao sentimento de amor ou paixão vinculam-se totalmente aos sentimentos de posse e de controle... mas, se o considerarmos apenas como a expressão da necessidade física, bem estar e prazer, descompromissado, creio que nesse sentido não subverte, porque não divaga na dimensão de outros sentimentos... enfim, na dicotomia sexo e amor, conspira-se um conjuntos de sentimentos que somente o vivenciar vai permitir o entendimento e as melhores respostas para nossas constantes indagações!!! (Hodie)