Mais uma sexta-feira que se aproxima, sextas-feiras que trazem a tua imagem multifacetada... São lembranças e saudades configuradas nos encontros e partidas, carícias, palavras e salivas que permearam as intensas noites de sexta. É na sexta que a tua ausência se faz mais presente no inimaginável, é na sexta que cores e brilhos perdem a vitalidade. Sexta era sentido, era direção! Milan Kundera sugeria que "quando nos defrontamos com alguém que é amável, atencioso e delicado, é muito difícil ficar convencido a cada instante de que nada do que é dito é verdadeiro, de que nada é sincero". Reside aqui a teimosia de estar totalmente preso as tuas posturas que pareciam sinônimos de sinceridade... reside aqui a esperança reconstruída em cada sexta, porque nela está contida nossas promessas, sonhos e desejos, é na sexta que comungamos (n)a saudade... tem sido doloroso e difícil arrostar o amanhã, o amanhã que é sexta-feira, é isso... Ela tem sido acima de tudo contristada. Sei que é necessário e possível recolorir as sextas, reencontrar suas formas, reconstruí-la em sentido, aliás, se faz necessário acima de tudo reformatá-la, criar novas conotações... Sexta-feira requer renascimento como sabiamente descreve Lya Luft: "então algo mudou: o tom da voz, o olhar que se esquiva, a mão que se afasta. A porta precisa ser fechada, a ponte levantada, queimados os navios. Levaremos meses, anos estendendo as mãos para um vazio, interrogando uma ausência. Encarar a realidade é um modo de morrer. Mas sem isso, não haverá renascimento". (HODIE)
PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.
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