PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mundo novo, vida nova

Os versos do mestre Gonzaguinha, "buscar um mundo novo, vida nova / e ver, se dessa vez, faço um final feliz..." *, me remete a idéia de que o novo se configura principalmente no desejo enraizado de acertar, da possibilidade de construir algo sólido, maduro, consistente! Vida nova conota-se pela abertura de enveredar-se em novos caminhos, sejam eles profissionais ou afetivos. Inspirado nas leituras e conversas cotidianas, diria que vida nova projeta-se exatamente na busca da primeira impressão, da saudade, do desejo de amar e se ratifica no como é difícil essa assertiva, considerando que vivemos no século da presa, do transitório, da fuga de responsabilidades, da falsa idéia de auto-suficiência... mortificados pela ansiedade, queimamos etapas, promovemos desencantos, restando apenas sintomas de solidão e de impotência... para impressões é necessário sensibilidade, franqueza no olhar, sinceridade no toque, requer acima de tudo a gentileza e a sutileza da palavra... é preciso deixar aflorar e prevalecer o que há de bom nessa matéria humana, por vezes, contraditória! É libertar-se das fraquezas, das tentativas anteriores que foram sinônimos de insucesso e depositar a esperança no novo, na vida e a cada instante vivê-la de forma intensa, verdadeira, porque certamente o final feliz, como sugere a canção, reside no instante que passa, e este deve(ria) ser perene... "... em forma, jeito, luz e cor..." ** (HODIE)

*Fragmentos da música: mundo novo, vida nova.
** Idem. Gonzaguinha - CD de Elis Regina - Saudades do Brasil

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