
PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Ao Entardecer

sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Reconstrução

quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Sexta-Feira!
Mais uma sexta-feira que se aproxima, sextas-feiras que trazem a tua imagem multifacetada... São lembranças e saudades configuradas nos encontros e partidas, carícias, palavras e salivas que permearam as intensas noites de sexta. É na sexta que a tua ausência se faz mais presente no inimaginável, é na sexta que cores e brilhos perdem a vitalidade. Sexta era sentido, era direção! Milan Kundera sugeria que "quando nos defrontamos com alguém que é amável, atencioso e delicado, é muito difícil ficar convencido a cada instante de que nada do que é dito é verdadeiro, de que nada é sincero". Reside aqui a teimosia de estar totalmente preso as tuas posturas que pareciam sinônimos de sinceridade... reside aqui a esperança reconstruída em cada sexta, porque nela está contida nossas promessas, sonhos e desejos, é na sexta que comungamos (n)a saudade... tem sido doloroso e difícil arrostar o amanhã, o amanhã que é sexta-feira, é isso... Ela tem sido acima de tudo contristada. Sei que é necessário e possível recolorir as sextas, reencontrar suas formas, reconstruí-la em sentido, aliás, se faz necessário acima de tudo reformatá-la, criar novas conotações... Sexta-feira requer renascimento como sabiamente descreve Lya Luft: "então algo mudou: o tom da voz, o olhar que se esquiva, a mão que se afasta. A porta precisa ser fechada, a ponte levantada, queimados os navios. Levaremos meses, anos estendendo as mãos para um vazio, interrogando uma ausência. Encarar a realidade é um modo de morrer. Mas sem isso, não haverá renascimento". (HODIE)
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Mundo novo, vida nova
Os versos do mestre Gonzaguinha, "buscar um mundo novo, vida nova / e ver, se dessa vez, faço um final feliz..." *, me remete a idéia de que o novo se configura principalmente no desejo enraizado de acertar, da possibilidade de construir algo sólido, maduro, consistente! Vida nova conota-se pela abertura de enveredar-se em novos caminhos, sejam eles profissionais ou afetivos. Inspirado nas leituras e conversas cotidianas, diria que vida nova projeta-se exatamente na busca da primeira impressão, da saudade, do desejo de amar e se ratifica no como é difícil essa assertiva, considerando que vivemos no século da presa, do transitório, da fuga de responsabilidades, da falsa idéia de auto-suficiência... mortificados pela ansiedade, queimamos etapas, promovemos desencantos, restando apenas sintomas de solidão e de impotência... para impressões é necessário sensibilidade, franqueza no olhar, sinceridade no toque, requer acima de tudo a gentileza e a sutileza da palavra... é preciso deixar aflorar e prevalecer o que há de bom nessa matéria humana, por vezes, contraditória! É libertar-se das fraquezas, das tentativas anteriores que foram sinônimos de insucesso e depositar a esperança no novo, na vida e a cada instante vivê-la de forma intensa, verdadeira, porque certamente o final feliz, como sugere a canção, reside no instante que passa, e este deve(ria) ser perene... "... em forma, jeito, luz e cor..." ** (HODIE)
*Fragmentos da música: mundo novo, vida nova.
** Idem. Gonzaguinha - CD de Elis Regina - Saudades do Brasil
*Fragmentos da música: mundo novo, vida nova.
** Idem. Gonzaguinha - CD de Elis Regina - Saudades do Brasil
Invadir
Invasão para quando as portas se fecharam e você ficou sem explicação. Mas se for invadir, não seja covarde, essa pode ser a sua última oportunidade. Diga que ainda deseja ficar. A vida é breve, as conclusões são rápidas, quando as portas estão se fechando, é o milímetro mais valioso que o metro, portanto não fique estático, siga! Mesmo que o caminho não seja o mais reto. (PULCRA)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
O verbo...
Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens. (Arthur Rimbaud)
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Algumas vezes o amor te faz tatear no escuro, tu o sentes e tu o vives, tu consegues respirá-lo. A tua idealização é tamanha, que o teu amor te basta. Sem que tu percebas, tu estás vivendo tudo sozinho; amando sozinho, sentindo sozinho. Até que esse amor te faz perder o sono na busca de algo que te explique os porquês. E é no silêncio da noite que tu consegues te transpor para o intransponível, ao escutar a voz abafada do teu coração enfermo, fadado a vivenciar a cina dos românticos; hora essa, em que tu te superas, tentando exprimir o inexprimível; coisas que só existem na tua imagem vertificada. Por todo esse processo doloroso tu passas, até te dares conta de que amar é um verbo que não se conjuga sozinho (Pulcra)
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Outro dia falávamos que o verbo amar é um verbo intransitivo e hoje, a conclusão de que é impossível conjugá-lo sozinho. É necessário que haja fusão, comunhão de corpos, desejos, ideais... nas aventuras do conhecer, quando estamos dispostos a aprimorar nossos sentimentos, quando permitimos construir o amor, nutrir sentimentos, é perfeitamente natural tatear-se na escuridão, é descobrir e redescobrir-se, é permear-se no contraditório, é como ter alegria e sentir dor, angústia e cor, é reencontrar-se na saudade, vestígios de lembranças fragmentadas... prender no mesmo jugo, ou seja, dissecar o verbo não é tarefa de primeira pessoa, é para o nós... é muito bom ser romântico, ser poeta, embora certamente estejamos fadados a nunca encontrar o amor que almejamos, que acreditamos e que idealizamos. Para nós, o conceito de amor é transcendente, sublime. E será sempre movido por este entendimento, ancorado pela esperança que passaremos por novos processos dolorosos, novas experiências carregadas de expectativas, encantamentos e paixões numa incessante busca de encontrar a essência... (Hodie)
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Algumas vezes o amor te faz tatear no escuro, tu o sentes e tu o vives, tu consegues respirá-lo. A tua idealização é tamanha, que o teu amor te basta. Sem que tu percebas, tu estás vivendo tudo sozinho; amando sozinho, sentindo sozinho. Até que esse amor te faz perder o sono na busca de algo que te explique os porquês. E é no silêncio da noite que tu consegues te transpor para o intransponível, ao escutar a voz abafada do teu coração enfermo, fadado a vivenciar a cina dos românticos; hora essa, em que tu te superas, tentando exprimir o inexprimível; coisas que só existem na tua imagem vertificada. Por todo esse processo doloroso tu passas, até te dares conta de que amar é um verbo que não se conjuga sozinho (Pulcra)
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Outro dia falávamos que o verbo amar é um verbo intransitivo e hoje, a conclusão de que é impossível conjugá-lo sozinho. É necessário que haja fusão, comunhão de corpos, desejos, ideais... nas aventuras do conhecer, quando estamos dispostos a aprimorar nossos sentimentos, quando permitimos construir o amor, nutrir sentimentos, é perfeitamente natural tatear-se na escuridão, é descobrir e redescobrir-se, é permear-se no contraditório, é como ter alegria e sentir dor, angústia e cor, é reencontrar-se na saudade, vestígios de lembranças fragmentadas... prender no mesmo jugo, ou seja, dissecar o verbo não é tarefa de primeira pessoa, é para o nós... é muito bom ser romântico, ser poeta, embora certamente estejamos fadados a nunca encontrar o amor que almejamos, que acreditamos e que idealizamos. Para nós, o conceito de amor é transcendente, sublime. E será sempre movido por este entendimento, ancorado pela esperança que passaremos por novos processos dolorosos, novas experiências carregadas de expectativas, encantamentos e paixões numa incessante busca de encontrar a essência... (Hodie)
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