PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Amar

Amor é um livro, sexo é esporte , sexo é escolha,
amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela, sexo é cinema...
(Amor e sexo - Rita Lee)
...
Amar

Verbo intransitivo tão complexo. A gente nunca sabe quando o amor chega, mas tem a noção real do exato momento em que ele acaba. O amor é assim, às vezes nasce devagarzinho, outras vezes chega de uma vez, sem pedir licença, nos pegando desprevenidos e de surpresa. Na realidade o amor é cheio de dualidades. Tem amor de todo jeito, para todos os gostos e de todos os modelos: amores fortes, amores fracos; amores voláteis e passageiros; amor de um dia; amor de uma vida inteira. Uns dizem que amor, que não é para a vida toda, não é amor de verdade. Cada um tem uma idéia formada do que é o amor. E resta a nós, simples mortais, respeitarmos essas tão variadas formas de amar. Quem ama por um dia acha que o amor valeu, ainda que por um dia. Quem ama por uma vida, também acha que valeu. Alguns amam uma única vez, outros optam por fazer uma "variada festa" dentro do coração. E quando o assunto é sexo o negócio é mais delicado ainda. Há quem acredite que o Amor não sobrevive sem o Sexo e que o Sexo também não pode sobreviver sem o Amor. Nesse prisma temos o paradigma: Sexo e Amor não sobrevivem separados. No entanto existem aqueles que defendem que o sexo pode ser completamente desvinculado do amor. Há quem acredite que um parceiro é o suficiente, há quem vive em busca de novos parceiros.

Há quem crer que fazer sexo é como sentar à mesa de um bom restaurante e pedir o menu; cada imagem, cada forma, pode despertar desejos e fantasias diferentes. E na hora de degustar o que vale é a variedade, não a intensidade ou a qualidade.

Não obstante, existem alguns que são defensores da idéia de que uma parceria única, trabalhada com afinco pode obter melhores sabores e ótimos resultados. Para esses, lapidar o que possui é mais prazeroso do que variar o cardápio. Enfim sexo e amor é algo muito subjetivo. Sempre haverá idéias e teorias diferentes.

E é exatamente por isso que não somos máquinas e nem robôres, somos simplesmente SERES HUMANOS, tentando e reinventando, umas vezes teorizando outras filosofando, ora acertando ora errando. Não importa...o importante é nunca perdermos a esperança de um dia encontrar o que procuramos. (CONSUUS)
...
Complexo verbo intransitivo?
Amar...
Um sentimento regido pelo entusiasmo, pelo desejo, pela projeção emotiva, pelo encontro de dois seres que se fundem numa perspectiva de prazer, de cumplicidade, de lealdade, de afeto. Encontros marcados pela intensidade, pela permissão de fugir da realidade e partir para uma dimensão íntima, inédita e de sabores. Um sentimento que integra sonhos, vidas, corpos... que podem durar um só instante, ou uma eternidade ou uma mera fase de descobertas, de encontros e desencontros. Pensando que o amor é algo que paira no campo da subjetividade, creio que reside aí, algo comum, a certeza de que sempre fica uma marca, uma espécie de tatuagem no coração. Passageiros, fortes ou fracos, de um dia ou de uma vida inteira, o amor possui a estranha magia de prender, de relembrar, de reviver e de guardar num cantinho especial dentro de cada um, todos àqueles que marcaram de uma forma especial e particular nossas vidas.

Ainda discorrendo sobre o subjetivo, o amor é regido também pelo um Q de mistério. Os reflexos que cada ser emite quando tomado por este sentimento avassalador (aqui certamente o conceito estaria mais vinculado a paixão, porém, podemos pensar o amor como um processo de maturação sofrida pela paixão - reflexões aleatórias / grifo pessoal) é sempre curioso, inovador, descontralador, porque inevitavelmente depende do entendimento de cada um, funciona como uma mesclagem de posessão, insegurança, medo, incertezas... talvez aqui o sexo exerça o papel de mero prazer, e poderíamos criar uma teoria que visa a satisfação da matéria, do corpo físico, totalmente desvinculado de um sentimento que caminha atrelado a emoção. O sexo seria uma prática racional, que atende ao desejo visual, da carne, do puramente físico. Certamente o sexo sobrevive separado do amor sim, porém, pensando no verbo intransitivo complexo, naquele conceito internalizado na cabeça dos românticos, o sexo seria a conseqüência do amor, porque este, assume a condição de algo perfeito, completo. Aquela teimosa esperança de encontrar o ideal construído e lapidado constantemente no nosso inconsciente, refletido na consciência quando nos deparamos com o possivel encontro de um novo amor, o novo que rouba todas as nossas atenções e sofre uma reprojeção dos nossos desejos...

Diria que há uma predisposição natural para amar, um desejo internalizado que vislumbra o encontro, a sexualidade, que pode chegar de forma tempestiva ou na calmaria, de surpresa, ou ser construído no diálogo do olhar, nas conversas regadas pelo um jogo de afinidades, de gentilezas e sutilezas, de sensualidade, nas entrelinhas de textos partilhados, em que há um entendimento comum, enfim, tenho a mania de afirmar que tudo acontece quando há permissão. Acreditar e permitir são os caminhos para descobrir e entender (subjetivamente) como a dualidade amor e sexo, exercem seus papéis na vida de cada um. (HODIE)

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