Divaga dentro do meu ser
Sensações de busca
Necessidades de entendimento.
Vejo-me metafoseado a cada instante que passa
Instantâneo como a respiração para a vida
Hora sou dor, saudade, lembrança,
Hora sou esperança, alegria, felicidade,
Hora sou alívio, liberdade, sonho,
Hora sou amor, indiferença, sedução.
Dicotomias...
Tento confessar o inconfessável
Compreender o incompreensível
Ontem eras desejo, roubavas meu pensamento
Mas hoje existe um outro alguém...
Prevalece o instinto de seduzir, conquistar e atacar
Presa ou vítima?
Perdoem-me
Mas, divaga dentro do meu ser
Sensações de busca
Necessidades de entendimento
Sou eu... Plural!
(HODIE)
PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Reflexos
No quarto, naquele quarto, no sábado a tarde, na manhã de domingo. O tempo, o frio, o calor do corpo, a rua, nossa rua! O silêncio da noite, o barulho do mar, o abraço partilhado, o adormecer - fecho a porta, todas as portas... a geografia, o encontro, o momento, a sinergia, a fusão, a emoção. As pessoas, o cotidiano, o outro, o nós... o grito, o desejo, o sonho. A dor, a lembrança, a comunhão! A presença ausente, a voz, a pele, o cheiro... o ontem, o hoje, o amanhã, quem sabe agora... estou pensando no tamanho, é isso, no tamanho do mundo, do sentimento. Na verdade estou pensando em você, acho que falei de saudade, queria dizer saudade, da minha saudade, que sou saudade (HODIE)
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Pensar é transgredir (Lya Luft)
Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
A Busca do Ser
Sinto vontade de ultrapassar barreiras
Trilhar novos horizontes
Gritar, clamar por justiça e igualdade
Chorar, lavar e purificar a alma
Quero amar. Embebedar-me de fantasias
Gozar o que não gozo...
Sinto vontade de abolir preconceitos
Devolver dignidade
Sorrir, ao deparar-se com o sopro do vento
Partir, levado pelo brilho do sol
Quero sentir, conduzir sentimentos
Produzir o que não produzo...
Sinto vontade de acabar com a injustiça
Promover a paz
Querer, quando aguçado pelos desejos
Esquecer, quando reprimido pela sociedade
Quero viver, conhecer o desconhecido
Ter o que não tenho...
... apenas isso;
Ser o que SOU...(HODIE)
Trilhar novos horizontes
Gritar, clamar por justiça e igualdade
Chorar, lavar e purificar a alma
Quero amar. Embebedar-me de fantasias
Gozar o que não gozo...
Sinto vontade de abolir preconceitos
Devolver dignidade
Sorrir, ao deparar-se com o sopro do vento
Partir, levado pelo brilho do sol
Quero sentir, conduzir sentimentos
Produzir o que não produzo...
Sinto vontade de acabar com a injustiça
Promover a paz
Querer, quando aguçado pelos desejos
Esquecer, quando reprimido pela sociedade
Quero viver, conhecer o desconhecido
Ter o que não tenho...
... apenas isso;
Ser o que SOU...(HODIE)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
No Rio...
Distante da terra cearense, piso em solo carioca. Ao invés do sol típico nordestino, a garoa fluminense. A beira-mar pelo calçadão de Copacabana, de Iracema, musa dos lábios de mel Alencarina a imponência do Cristo Redentor. Do baião de dois ao famoso arroz com lentilha e pimentão recheado no popular Largo do Catete. Vem a arquitetura do Museu da República, a praça, a Igreja da Glória e uma pausa para fotografar. Sucessivos embarques e desembarques no transporte urbano coletivo, à custo de R$ 2,10 à passagem, R$ 0,50 centavos a mais do congelado R$ 1,60 há mais de três anos na minha cidade. No Cosme Velho, uma disputa acirrada por clientes entre guias, taxistas e topiqueiros que fazem da curiosidade do povo, o cotidiano de sobrevivência no cenário do corcovado. Optei pelo trem, R$ 36,00 o bilhete que se considerado o tempo de translado, uma exploração, porém, irrisório diante da sensação de prazer, da apreciação da exuberante paisagem do Parque Nacional da Tijuca - aí, lembrei-me do meu sertão, do contraste de paisagens, mas pude sentir o cheiro de mato... dos olhares dos passageiros a bordo, alguns certamente, novatos como eu, envolvidos pela magia da curiosidade e pela fantasia imaginária. No percurso, um grupo de samba embarca e quebra a concentração. Em cada estação, expectativas. No desembarque a opção do elevador e da escada rolante, preferi optar pelos degraus comum, queria sentir o momento. O Cristo até então visto somente pela tv e visualizado de forma distante no dia anterior de algum ponto do Rio, me recebe de braços abertos, agora junto! Um amigo, apresenta a belíssima cidade lá do Corcovado, uma vista encantadora. No alto, uma sensação de liberdade, a possibilidade de fugir da realidade e habitar por alguns instantes, o mundo dos sonhos. Palavras, imagens, pessoas, desejos e emoção, um pacote! um presente! Na frente do Cristo, como uma espécie de ritual sagrado, praticamente todos os personagens anônimos do cotidiano abrem seus braços para a fotografia "clichê", uma necessidade para ratificar e comprovar o que já habita na memória. Foram alguns dias de trabalho, porém marcado pelo prazer da descoberta. No retorno um pôr do sol deslumbrante durante a ponte área Rio - São Paulo, algo que há muito tempo não apreciava e até reclamava, marcando de um forma muito especial e particular essa viagem. No pensamento itinerante, lembranças inesquecíveis e singulares, um gosto de saudade... um desejo de voltar...(Hodie)
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Amar Você
Sentir a fortaleza do teu desejo, conhecer a intimidade do teu ser, beijar tua boca, abraçar-te, sugar o suor doce da tua pele, conhecer as curvas do seu corpo, roubar teu sorriso tímido, ler teus pensamentos, entender a essência do silêncio, penetrar teu corpo... estou amando, sou amado... lembro-me de Mário Quintana - grande mestre - isso realmente é AMOR e como tão bem dizes... “é quando a gente mora um no outro”... HODIE
quarta-feira, 11 de junho de 2008
...
A folha que caí, o vento que sopra, o menino que corre, o mundo que gira. O rio que passa, o pássaro que canta, a flecha que se lança, o instante, esse instante - o coração que ama... Poesia, simplesmente poesia! (Hodie)
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Amar
Amor é um livro, sexo é esporte , sexo é escolha,
amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela, sexo é cinema...
amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela, sexo é cinema...
(Amor e sexo - Rita Lee)
...
Amar
Verbo intransitivo tão complexo. A gente nunca sabe quando o amor chega, mas tem a noção real do exato momento em que ele acaba. O amor é assim, às vezes nasce devagarzinho, outras vezes chega de uma vez, sem pedir licença, nos pegando desprevenidos e de surpresa. Na realidade o amor é cheio de dualidades. Tem amor de todo jeito, para todos os gostos e de todos os modelos: amores fortes, amores fracos; amores voláteis e passageiros; amor de um dia; amor de uma vida inteira. Uns dizem que amor, que não é para a vida toda, não é amor de verdade. Cada um tem uma idéia formada do que é o amor. E resta a nós, simples mortais, respeitarmos essas tão variadas formas de amar. Quem ama por um dia acha que o amor valeu, ainda que por um dia. Quem ama por uma vida, também acha que valeu. Alguns amam uma única vez, outros optam por fazer uma "variada festa" dentro do coração. E quando o assunto é sexo o negócio é mais delicado ainda. Há quem acredite que o Amor não sobrevive sem o Sexo e que o Sexo também não pode sobreviver sem o Amor. Nesse prisma temos o paradigma: Sexo e Amor não sobrevivem separados. No entanto existem aqueles que defendem que o sexo pode ser completamente desvinculado do amor. Há quem acredite que um parceiro é o suficiente, há quem vive em busca de novos parceiros.
Há quem crer que fazer sexo é como sentar à mesa de um bom restaurante e pedir o menu; cada imagem, cada forma, pode despertar desejos e fantasias diferentes. E na hora de degustar o que vale é a variedade, não a intensidade ou a qualidade.
Não obstante, existem alguns que são defensores da idéia de que uma parceria única, trabalhada com afinco pode obter melhores sabores e ótimos resultados. Para esses, lapidar o que possui é mais prazeroso do que variar o cardápio. Enfim sexo e amor é algo muito subjetivo. Sempre haverá idéias e teorias diferentes.
E é exatamente por isso que não somos máquinas e nem robôres, somos simplesmente SERES HUMANOS, tentando e reinventando, umas vezes teorizando outras filosofando, ora acertando ora errando. Não importa...o importante é nunca perdermos a esperança de um dia encontrar o que procuramos. (CONSUUS)
...
Complexo verbo intransitivo?
Amar...
Um sentimento regido pelo entusiasmo, pelo desejo, pela projeção emotiva, pelo encontro de dois seres que se fundem numa perspectiva de prazer, de cumplicidade, de lealdade, de afeto. Encontros marcados pela intensidade, pela permissão de fugir da realidade e partir para uma dimensão íntima, inédita e de sabores. Um sentimento que integra sonhos, vidas, corpos... que podem durar um só instante, ou uma eternidade ou uma mera fase de descobertas, de encontros e desencontros. Pensando que o amor é algo que paira no campo da subjetividade, creio que reside aí, algo comum, a certeza de que sempre fica uma marca, uma espécie de tatuagem no coração. Passageiros, fortes ou fracos, de um dia ou de uma vida inteira, o amor possui a estranha magia de prender, de relembrar, de reviver e de guardar num cantinho especial dentro de cada um, todos àqueles que marcaram de uma forma especial e particular nossas vidas.
Ainda discorrendo sobre o subjetivo, o amor é regido também pelo um Q de mistério. Os reflexos que cada ser emite quando tomado por este sentimento avassalador (aqui certamente o conceito estaria mais vinculado a paixão, porém, podemos pensar o amor como um processo de maturação sofrida pela paixão - reflexões aleatórias / grifo pessoal) é sempre curioso, inovador, descontralador, porque inevitavelmente depende do entendimento de cada um, funciona como uma mesclagem de posessão, insegurança, medo, incertezas... talvez aqui o sexo exerça o papel de mero prazer, e poderíamos criar uma teoria que visa a satisfação da matéria, do corpo físico, totalmente desvinculado de um sentimento que caminha atrelado a emoção. O sexo seria uma prática racional, que atende ao desejo visual, da carne, do puramente físico. Certamente o sexo sobrevive separado do amor sim, porém, pensando no verbo intransitivo complexo, naquele conceito internalizado na cabeça dos românticos, o sexo seria a conseqüência do amor, porque este, assume a condição de algo perfeito, completo. Aquela teimosa esperança de encontrar o ideal construído e lapidado constantemente no nosso inconsciente, refletido na consciência quando nos deparamos com o possivel encontro de um novo amor, o novo que rouba todas as nossas atenções e sofre uma reprojeção dos nossos desejos...
Diria que há uma predisposição natural para amar, um desejo internalizado que vislumbra o encontro, a sexualidade, que pode chegar de forma tempestiva ou na calmaria, de surpresa, ou ser construído no diálogo do olhar, nas conversas regadas pelo um jogo de afinidades, de gentilezas e sutilezas, de sensualidade, nas entrelinhas de textos partilhados, em que há um entendimento comum, enfim, tenho a mania de afirmar que tudo acontece quando há permissão. Acreditar e permitir são os caminhos para descobrir e entender (subjetivamente) como a dualidade amor e sexo, exercem seus papéis na vida de cada um. (HODIE)
Amar...
Um sentimento regido pelo entusiasmo, pelo desejo, pela projeção emotiva, pelo encontro de dois seres que se fundem numa perspectiva de prazer, de cumplicidade, de lealdade, de afeto. Encontros marcados pela intensidade, pela permissão de fugir da realidade e partir para uma dimensão íntima, inédita e de sabores. Um sentimento que integra sonhos, vidas, corpos... que podem durar um só instante, ou uma eternidade ou uma mera fase de descobertas, de encontros e desencontros. Pensando que o amor é algo que paira no campo da subjetividade, creio que reside aí, algo comum, a certeza de que sempre fica uma marca, uma espécie de tatuagem no coração. Passageiros, fortes ou fracos, de um dia ou de uma vida inteira, o amor possui a estranha magia de prender, de relembrar, de reviver e de guardar num cantinho especial dentro de cada um, todos àqueles que marcaram de uma forma especial e particular nossas vidas.
Ainda discorrendo sobre o subjetivo, o amor é regido também pelo um Q de mistério. Os reflexos que cada ser emite quando tomado por este sentimento avassalador (aqui certamente o conceito estaria mais vinculado a paixão, porém, podemos pensar o amor como um processo de maturação sofrida pela paixão - reflexões aleatórias / grifo pessoal) é sempre curioso, inovador, descontralador, porque inevitavelmente depende do entendimento de cada um, funciona como uma mesclagem de posessão, insegurança, medo, incertezas... talvez aqui o sexo exerça o papel de mero prazer, e poderíamos criar uma teoria que visa a satisfação da matéria, do corpo físico, totalmente desvinculado de um sentimento que caminha atrelado a emoção. O sexo seria uma prática racional, que atende ao desejo visual, da carne, do puramente físico. Certamente o sexo sobrevive separado do amor sim, porém, pensando no verbo intransitivo complexo, naquele conceito internalizado na cabeça dos românticos, o sexo seria a conseqüência do amor, porque este, assume a condição de algo perfeito, completo. Aquela teimosa esperança de encontrar o ideal construído e lapidado constantemente no nosso inconsciente, refletido na consciência quando nos deparamos com o possivel encontro de um novo amor, o novo que rouba todas as nossas atenções e sofre uma reprojeção dos nossos desejos...
Diria que há uma predisposição natural para amar, um desejo internalizado que vislumbra o encontro, a sexualidade, que pode chegar de forma tempestiva ou na calmaria, de surpresa, ou ser construído no diálogo do olhar, nas conversas regadas pelo um jogo de afinidades, de gentilezas e sutilezas, de sensualidade, nas entrelinhas de textos partilhados, em que há um entendimento comum, enfim, tenho a mania de afirmar que tudo acontece quando há permissão. Acreditar e permitir são os caminhos para descobrir e entender (subjetivamente) como a dualidade amor e sexo, exercem seus papéis na vida de cada um. (HODIE)
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Metamofose
"Examine seu coração, observe se esta vontade de desistir não está ligada a questões e reações repetitivas, ligadas a problemas do passado, mas que em seu interior ainda não foram resolvidos e assentados em sua alma. Sempre é tempo de buscar restauração" (Ednilson Correia de Abreu)
Somos frutos de nossas experiências, nossos passos são medidos por situações vividas, por essa razão, toda experiência é válida, nos ajuda a crescer. A cada vez que nos permitimos viver e nos arriscamos a perdas e ganhos, estamos, inconscientemente, preparando-nos para enfrentar as adversidades. Quem não vive, não arrisca, e nunca vai estar pronto para os momentos difíceis. É como se fossemos um diamante que precisa de alguns processos para sair da forma bruta e revelar a sua beleza, processo esse, nem sempre confortável para nós, que adoramos nos auto proteger.
Somos frutos de nossas experiências, nossos passos são medidos por situações vividas, por essa razão, toda experiência é válida, nos ajuda a crescer. A cada vez que nos permitimos viver e nos arriscamos a perdas e ganhos, estamos, inconscientemente, preparando-nos para enfrentar as adversidades. Quem não vive, não arrisca, e nunca vai estar pronto para os momentos difíceis. É como se fossemos um diamante que precisa de alguns processos para sair da forma bruta e revelar a sua beleza, processo esse, nem sempre confortável para nós, que adoramos nos auto proteger.
O passado costuma influenciar nossas atitudes, não queremos insistir nos mesmos erros, por isso com o tempo nos tornamos mais seletivos, mais criteriosos e menos inocentes. Chegamos até a ser argilosos. E que mal há nisso? È instinto de sobrevivência, é a lei que rege a natureza e os animais. Não é que algo precise ser restaurado, é que todo dia é diferente, sempre tem algo novo que nos faz evoluir, que nos faz refletir e que modela nosso ser, de maneira que não somos capazes de viver um dia após o outro e continuarmos sempre os mesmos...ninguém consegue essa proeza de passar pela vida permanecendo para sempre igual. (Consuus)
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Um Momento...
Leveza, sorrisos e saudades... sentimentos que tramitam no meu ser. Na empreitada do conhecer, balizada sempre pela minha recorrência, porém necessária afirmativa “de que tudo reside no campo da permissão” e que aliado a minha eterna teimosia de acreditar sempre, a VIDA acontece na expectativa do encontro, na ansiedade formatada de inúmeras maneiras, na construção de um momento, na comunhão de um beijo, na segurança de um abraço, na espontaneidade das palavras, no sorriso bobo, na linguagem do olhar, na fusão de corpos e no rolar de uma lágrima... os sentimentos avassaladores e tempestivos chegaram dessa vez em tons de calmaria... a natureza se revestiu pela magia do encanto e da sedução, virou platéia; os deuses conspiraram ao nosso favor; as projeções que pairavam no imaginário cedeu lugar a instantes reais; o prazer construído na atitude, dialogado na pele; a felicidade plenamente vivida no gesto e no toque... ah, o encontro! Encanto! Consolidado pela impregnação do cheiro... já não sou mais o mesmo, você agora é parte, é todo! No encontro perene da lembrança, consigo trazer-te para perto. E é tão bom, tão mágico... porque ficou... Eternizou... (HODIE)
terça-feira, 3 de junho de 2008
Almas que se encontram
Almas que se encontram...
(Paulo Fuentes)
Dizem que para o amor chegar...
Não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.
Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos...
O coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também...
Que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre...
Os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas...
E a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram...
O que realça primeiro...
Não é a aparência física...
Mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem...
E sentem falta uma da outra....
Se entristecem...
Por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno...
Para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro...
A alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.
Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.
Almas que se encontram...
Podem sofrer bastante também...
Pois muitas vezes...
Tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro...
Toda a emoção contida...
À espera do encontro final.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis...
Mas que são tão simples de viver...
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar...
Por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar.
Brigar às vezes...
Mas fazer as pazes...
Com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois...
Poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.
Porém muitas vezes...
Elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas...
tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar...
Para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram...
Jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só...
A infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.
(Paulo Fuentes)
Dizem que para o amor chegar...
Não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.
Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos...
O coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também...
Que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre...
Os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas...
E a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram...
O que realça primeiro...
Não é a aparência física...
Mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem...
E sentem falta uma da outra....
Se entristecem...
Por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno...
Para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro...
A alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.
Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.
Almas que se encontram...
Podem sofrer bastante também...
Pois muitas vezes...
Tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro...
Toda a emoção contida...
À espera do encontro final.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis...
Mas que são tão simples de viver...
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar...
Por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar.
Brigar às vezes...
Mas fazer as pazes...
Com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois...
Poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.
Porém muitas vezes...
Elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas...
tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar...
Para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram...
Jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só...
A infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.
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