PARA NÃO ME PERDER NO DISCURSO DO OUTRO, DO PRÓXIMO, TENTO ENCONTRAR O MEU.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Evidências

Eu costumo viajar nas palavras e me deleitar nas lembranças. Trazer-te novamente para perto e sentir a felicidade pulsante, através de reencontros imaginários, sejam através do cheiro impregnado, do gosto do sexo, da música que toca, da fotografia capturada e por sua vez eternizada no instante, alimenta minha alma ousada e desperta sensações inebriantes. Os sonhos vividos além de nostálgicos carregam a teimosia de despertar tantos outros. Comungar o mesmo lençol embebido de prazer, os olhares em entrega, os corpos em ardente desejo, o banho ensaboado, o baile de sábado à noite - fechando aqui meus olhos te vejo lentamente no movimento da dança, rara beleza invadindo meu ser - caminhar pelo parque na manha de domingo, na contraditória sensação de tempestade e calmaria, coloco-me mais uma vez submisso ao amor. Mário Quintana diria sabiamente: “Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e a palavras mudas que te dediquei... o amor é quando a gente mora um no outro”. Certamente seria muito cedo ainda para dizer te amo, talvez. Porém, meus sentimentos, sonhos e esperanças têm feito moradas no teu corpo, na tua vida...(Hodie)

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